quinta-feira, outubro 27, 2011

E daí que eu queria ver o filme na estréia, mas né? Houve um pequeno acidente numa estante aqui em casa e eu tive que deixar a ida ao cinema pra outro dia. Ou melhor adiei a trabalhação de frustração pra outro dia. Acredito que cada vez mais pra frente quanto mais se falar de rock de Brasília mais e mais trabalharemos a frustração. Mas faz parte, né? Eu entrei na sala do cinema quicando (literalmente – tinha acabado de assistir “Sem Saída” – excelente filme – esse sim recomendo a todos). E eu super posso dizer que pra mim é sempre um prazer ver Marcelo Bonfá, Renato Russo (nossa como me incomoda chamá-lo assim e ver as pessoas o chamando assim) e Dado Villa-Lobos, mas a graça do filme acabou ai pra mim. É bem filmado, não deixa de ter foco, mas né? Cansei de ver histórias, principalmente a do rock de Brasília, ser contada da maneira que for mais conveniente para as pessoas que mostram a sua cara na midia. E nesse caso infelizmente não é só da Legião Urbana que eu estou falando (mas como é a banda que eu sou fã, que eu conheço mais a história, é a que eu tenho mais propriedade pra falar). Acredito que quem acompanha a história do rock de Brasília, em especial a história da Legião não vai se espantar com certas omissões (desculpa, sou dona da maior comunidade do Renato Rocha no Orkut, infelimente não posso deixar isso passar em branco). Posso até não chiar pelo fato do nome de Loro Jones sequer ter cido citado durante um documentário sobre apenas 3 / 4 bandas (entre elas a banda que o próprio Loro fez parte e voltou a unir a própria banda – declaração de Dinho Ouro Preto na época do lançamento do álbum “Acustico MTV - Capital Inicial” no programa “Pé Na Cozinha” da Astrid Fontinelle – programa já aqui citado aqui no blog inclusive). Mas não citarem o nome do Negrete por picuinha foi demais. Porque, né? O episódio do pulso do Renato está no documentário. Pra mim a única função de se contar uma história dessa num documentário que se chama “Rock Brasília – Era de Ouro” seria pra contar como aconteceu a entrada do Renato Rocha na Legião Urbana, mas né? Parece que a vontade da picuinha falou mais alto.

O documentário todo foi baseado no livro do Paulo Marchetti, Diário da Turma 1976 – 1986 – A História do Rock de Brasília. Quem leu o livro, não vale a ida ao cinema. As imagens pós Mané Garrincha são fortes (ao contrário das imagens do show que são bem divulgados, essas são imagens que não se vê todo o dia). Aos que gostaram do documentário, acho válido. Infelizmente eu não tenho o desprendimento de achar que contar uma história omitindo nomes vai fazer alguma coisa pra história do rock de Brasília. Acho o registro válido. No entanto sai da sala do cinema decepcionada com o filme que eu tinha esperanças. Desejo boa sorte pra quem for assistir Somos Tão Jovens.

Boa sorte, Charlie!
Odeth

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