terça-feira, outubro 26, 2010

10 livros favoritos!

Entonces... Enquanto eu chovo, fui espiar o post novo da Luly, que é um MEME (desculpem a ignorância, mas não sei o que é isso) com 10 livros preferidos. A idéia original é fazer um video, mas com o meu visual de figurante do “Trilher” e a minha voz de ganso “nom” rola fazer video. Mas gostei dessa idéia de livros preferidos serem listados. Apesar que eles estão ai do lado. Vamos lá à sessão Odeth queimando o seu filme dizendo que ama livros que não são pra pessoas da idade dela... rs...

1- O Gênio do Crime do João Carlos Marinho

Eu sei que devia tá rolando uma espectativa que o Caixa Postal 1989 como o primeiro da lista, mas o Gênio do Crime foi o livro que me fez gostar de ler. Ganhei esse livro de aniversário de alguém que não me lembro. E como muitos livros, ele ficou lá na minha estante fechado por um tempão. Um dia eu estava naqueles dias que nada é interessante. A tv tava chata, não tinha um amigo perto, o quarto merecia uma faxina, mas a vontade estava longe. Ai fui brincar de espiar os livros na minha estante. Escolhi O Gênio pela capa e pelo título. Até eu ler esse livro, eu não gostava de ler, mas o livro é tão envolvente, que eu apaixonei com aquela história de figurinhas, cambista e detetives. Li todos os livros da turma Bolacha, Edmundo, Berenice e Pituca (O Gênio do Crime, Caneco de Prata, Sangue Fresco, Livro da Berenice e Berenice Detetive), mas O Gênio do Crime e Sangue Fresco são de longe os meus preferidos. João Carlos Marinho encontrou um lugar eterno na minha estante. Foi uma felicidade ver meu sobrinho lendo O Gênio.

2- Caixa Postal 1989 da Angela Carneiro

Se O Gênio do Crime me fez gostar de ler, Caixa Postal 1989 me fez continuar a gostar de ler. Eu nem lembro como foi direito. Na época eu começei a conversar com uma prima que morava longe por cartas (e-mail ainda não existia) e tudo relacionado à cartas me interessava. A maniaca do Correio. Passeando por uma livraria, achei o Caixa Postal com uma capa interessante. Levei pra conferir. Apaixonei com a história de Lala e Leo. Eles encontraram moradia eterna na minha vida. Durante boa parte da minha adolescência, o Caixa Postal foi o i-ching da minha vida. Tudo que eu me perguntava, as respostas eu encontrava lá. E posso dizer com toda a certeza que jamais um livro mexeu comigo, como esse mexeu. Fiquei muito feliz quando descobri que meu livro preferido tinha continuação. Fui correndo ler, mas a decepção apareceu na continuação. Angela havia separado Lala e Leo. Arrumei o e-mail da Angela e enviei a ela dizendo que o Caixa Postal era meu livro preferido (acho que posso dizer que ainda é), mas que não havia gostado da continuação. Na época o meu blog se chamava Caixa Postal 1989 (tamanha a fixação). Desse e-mail nasceram amizades (a própria Angela, Gaia e Karine), um blog (com a continuação dos livros) e uma personagem com meu nome. E a Angela se tornou um anjo na minha vida.


3- O Apanhador no Campo de Centeio do Salinger

Acho que todo mundo que leu O Apanhador no Campo de Centeio gostou. Não conheço uma pessoa que tenha lido e não gostado. Eu não sou excessão. Estava eu passando carnaval na casa da minha irmã, quando ela resolveu me emprestar a edição dela do Apanhador. Eu estava passando por uma fase meio perdida (e olha eu voltando a essa fase) e a história do Holden me caiu como uma luva. Na hora eu me identifiquei. O livro é um soco no estômago, mas nos faz pensar. Um “q” de Christiane F., só não tão barra pesada.

4- Não Se Esqueçam da Rosa – Hiroshima Nunca Mais da Giselda Laporta

Até agora tivemos 1º livro e livro preferido, agora chegamos no primeiro livro que me fez chorar. Não lembro como cheguei a ele, mas lembro da cena. Verão na praia, eu em casa com o livro. Deitada no sofá verde de minha tia e com o livro em mãos, eu estava em lágrimas. Acredito que essa fixação que eu tenho hoje da doll mini-eu que eu tenho vem da história da Hanako. Uma história lindíssima, triste que poderia muito bem ser real. Durante anos meu diário teve um nome japonês por causa do diário da Hanako.

5- Os Sofrimentos do Jovem Werther do Goethe

Werther era um livro que eu tinha vontade de ler há muito tempo. Até que cheguei na faculdade e a professora mandou a gente escolher entre 4 livros que ela indicou, um pra gente ler para fazer um seminário. Um dos 4 livros era Werther e lá fui eu lê-lo. É óbvio que a rainha do drama aqui amou horrores a história de Werther. É óbvio que passei anos da minha vida achando a Charlotte a pior personagem de todos os tempos. Mas o tempo passa e nossa relação com os personagens muda. O amor literalmente romântico de Werther levado aos últimas conquências é lindo, porém o que torna o livro lindo é a relação de Werther com o mundo. Para reler sempre.

6- Divã da Martha Medeiros

Quando li o livro, eu já tinha assistido ao filme. Óbvio que adorei o filme. Lilia Cabral é uma das melhores atrizes do Brasil. Paulo Gustavo faz uma participação hilária no filme. No entanto fiquei curiosa por tanta gente não ter gostado do filme. Fui ler o livro. O texto que eu já achava espetacular em forma de roteiro se revelou ainda mais brilante e apaixonante em livro. Muitas das observações da Mercedes, a protagonista, sobre o dia-a-dia são tão pertinentes que é de emocionar.

7- Renato Russo – Trovador Solitário do Arthur Dapieve

Ok, fã da Legião Urbana é isso ai. Um dos tantos livros que foram lançados sobre o Renato desde 1996 tinha que entrar na minha lista de favoritos com certeza. Curiosamente não foi o primeiro livro do Arthur que eu li. Eu já havia lido BRock – O Rock Brasileiro dos Anos 80. O Arthur é um grande jornalista especializado em música. Conhece e entende muito. Sempre o vi escrever sobre música com muita propriedade. Mas com O Trovador Solitário, foi a primeira vez que vi o Arthur escrever com uma intensidade literário impressionante. Talvez a própria vida do Renato tenha dado essa carga dramática ao texto do Arthur. O começo em Brasília, o show da confusão, a saída do Negrete, o relacionamento com o Scott, o nascimento do Giuliano. Tudo está ali.

8- Bufo & Spallanzani do Rubem Fonseca

Meu lado legionário novamente amostra. Novamente assisti ao filme antes. Assisti ao filme puro e simplesmente porque Dado Villa-Lobos (guitarrista da minha então banda preferida) fez a trilha sonora do filme. Apesar de não ter conseguido dormir direito depois da cena do... zip... Melhor nem falar, né? Achei o filme bem interassante. Vi uma entrevista de alguém (não vou lembrar agora se foi alguém do elenco do filme, do diretor ou do próprio Rubem) que alguns personagens foram enxugados do livro. Ai bastou pra minha curiosidade. Descobri que apesar de curtir literatura de “mulherzinha”, adoro um livro policial. E Bufo é isso: uma história envolvente de detetive. Como a partir de um sapo se descobre e acontece tanta coisa? Rubem Fonseca é mestre.

9- O Livro do Palhaço do Claudio Thebas

Apenas quero dizer que Claudio Thebas não se explica, apenas se lê e se sente. E eu sinto:
http://odethrocks.blogspot.com/2010/03/thebas.html!

10- Distraidos Venceremos do Paulo Lemiski

Foi muito difícil escolher apenas 10 livros preferidos. Foi muito mais difícil do que eu sequer imaginei. E o 10º livro foi o mais difícil de escolher. Pensei tanto em escolher Cazuza - Só as Mães São Felizes da Lucinha Araújo ou Chaves de um Sucesso do Pablo Kaschner ou até Depois Daquela Viagem da Valéria Piassa Polizzi (que foi um dos livros que mais li na vida), mas não seria justo eu terminar essa lista sem Lemiski. Lemiski é amor. Lemiski é a poesia do dia-a-dia. É a sinceridade em forma de poesia.

Termino o post com um poema de Lemiski,

“Temporal

Fazia tempo
Que eu não me sentia tão sentimental”
Meu beijo,
Odeth

domingo, outubro 24, 2010

Disney's Design-A-Tee!

Uma das coisas que eu mais gosto é acessórios customizados. Com auto-atendimento então... E é assim que funciona a Disney's Design-A-Tee em Downtown Disney. Fiz uma blusa linda pra mim lá. Essa aqui:



Escolhi azul porque é minha cor preferida e o Cherishe por ser um dos personagens que mais gosto.



A loja é facinha que achar. Bem no começo de Marketplace.



Você usa essas máquinas pra escolher o modelo da camiseta, a cor, o tamanho, o personagem e o que terá escrito. É bem fácil de mexer.



Ai quando você termina de montar a sua camiseta na máquina, ela cospe um papel com as informações da blusa.



Com o papel da máquina em mãos, você vai até o caixa. Se a tiazinha que tiver te atendendo aprovar sua camiseta (a primeira que eu fiz tinha o endereço daqui do blog, mas a moça me podou. Disse que não podia. Ai escolhi essa frase do Walt que eu adoro). Se ela não aprovar, você faz uma nova. Se ela aprovar, você paga a camiseta e no recebido terá a horá que você terá que buscar. Dá pra dar um rolé batuta em marketplace com o tempo que elas te dão. Deu bem tempo de ir na Goofy's Candy Co tomar um frozem de Coca-Cola e dar um rolé com calma na World Of Disney.



E quando a blusa fica pronta, eles ainda te dão um saquinho pra você guardar a camiseta. Você pode escolher a cor, eu escolhi esse cinza. A recomendação é lavar a blusa apenas 24 horas depois e em água fria. Ainda não usei a minha e nem lavei, mas veremos como fica depois da lavagem. No mais achei uma linda dela recordação. Apesar do precinho um cadim salgado... rs...

Meu beijo,
Odeth

PS: As fotos que não tem o nome do blog não são minhas. Foram achadas no Google.

quinta-feira, outubro 21, 2010

segunda-feira, outubro 18, 2010

Desejo de Halloween...

Em primeiríssimo lugar é muito, muito, mais muito importante mesmo eu dizer que tudo o que eu pesquisei sobre a festa não representa aquilo que se vê na realidade. Porque é muito melhor do que eu sequer imaginei. Você já realizou um sonho? Então realize, que daí entenderá sobre o que eu estou falando. Foi isso: a realização de um sonho. Um sonho chamado Mickey’s Not-So-Scary Halloween Party.

O fato de eu acreditar que toda mulher ter uma bruxa dentro de si, a fixação com os vilões já é um indicio que eu adoro essa coisa toda de halloween. Mas isso é uma explicação pra outro post. Um post que estou me prometendo escrever tem tempos sobre Chapolin e os vilões. Mas seguimos. O Chapolin também entra na história. Porém não agora.

Desde que descobri a existência de Mickey’s Not-So-Scary Halloween Party virou uma fixação minha. Por motivos óbvios criei um desejo de participar da festa. Ai fui pesquisar, pesquisar e cada vez mais com vontade de marcar presença. Até que no último dia 11 eu realizei essa vontade, esse sonho.

A festa mesmo começa às 19h, mas devido a ansiedade, as 17:30h eu já estava prontinha. Vestida de Chapolin (uma homenagem ao Roberto Bolaños nos episódios de Chaves e Chapolin onde se vendia uma revista que trazia um cupon para uma promoção infelizmente ficticia de ir para a Disney com o Chapolin Colorado ;) rs...) pra praça de alimentação do All Star Movies. Como catei a dica em algum lugar da web, repasso: não deixe para comer no parque. Coma antes. Você sentirá fome e não vale a pena gastar o tempo da festa comendo. Pedi uma chilli cheese fries (amor mais do que puro e viciante). Depois ainda fui na lojinha do hotel fazer um cadim de hora. Tava lá eu biscoitando um button da Izma quando ouço um grito em minha direção seguida da fala: “OH MY GOD! I loved your custom”. Rs. Seria a primeira empolgada da noite.

Depois dessa percebi que era hora de ir pro MK. Fui de Disney Transportation (que eu amo horrores), que chegou em poucos minutos, com uma família fantasiada de Os Incríveis. Quando entrei no Magic Kingdom eram cerca de 18:30h. Já tinha gente distribuindo as sacolinhas e a pulserinha da festa. O parque já estava enfeitado, mas aos poucos os funcionários com uniformes especiais de halloween iam aparecendo. Peguei o mapa e fui dar uma volta. A primeira apresentação da Boo-to-You (parada especial de Halloween) era as 20:15h. Lá pelas 19:30h eu voltei pra Main Street e já tava rolando um showzinho dos vilões no castelo da Cindi. Meu olhinho encheu d’água ao ver o Jafar. Assisti ao show, fui pro começo da Main Street ver as pessoas chegando fantasiadas.

Quando olho pro lado, a emoção: um casal fantasiado. Ele de Chapolin e ela de Chaves. ** Olhinho brilhando ** Dei um tchauzinho e fui curtir a festa. No início achei que aquela sacolinha que eles distribuiram na entrada meio grande. Achei que eu não ia conseguir nem a metade de doces. Mas aos poucos ela foi se enchendo.

No começo da festa os funcionários são meio pão-duros e dão poucos doces, mas mais pro final eles colocam as mãos cheias de doces. Fui em algumas atrações que estavam com 5 minutos de fila. A maior deveria ter 10 minutos. Enchi a sacolinha. Não levei lanterna porque esqueci de comprar no Wallmart (recomenda-se ir de lanterna pra quem quiser consultar o mapa), mas me me guiei pela intuição. E deu certo. O lugar de distruibuição de doces é sempre fácil de achar. Só procurar um balão iluminado da Goofy’s Candy Co. Assisti Hallowishes de boca aberta. Curti tanto as fantasias das pessoas. Senhorinhas fantasiadas de princesas. Meu olhinho encheu d’água de novo de ver as pessoas de todas as idades fantasias curtindo a brincadeira. E umas fantasias produzidas, elaboradas. Muitos americanos me perguntaram que raios era “CH” da minha blusa. Eu respondia sempre dizendo que é “a mexican hero”. Mexicanos, espanhóis e brasileiros ficaram felizes em ver o Chapolin na Disney. :D

Deu tempo de ir nas atrações que eu queria, de encher a sacola de doces, ver a parada e o show de fogos. Dava tempo também de pintar o rosto, mas eu já tava cansadinha. As 23h a segunda apresentação de Boo-To-You tava terminando. Pensei em ir embora mais cedo pra não pegar o busão lotado (a festa acaba meia noite), mas todo mundo teve a mesma idéia. Sai do parque realizada e com a sensação de quero voltar.



Mapa especial da festa, sacolinha que eles distribuiem pra pegar os doces, pulserinha da festa e panfleto com propaganda da festa



Todo mundo sentado esperando a Boo-To-You e funcionários de uniforme especial



Show dos vilões na frente do castelo da Cinderela



O balão iluminado da Goofy's Candy Co. indicando que ali se distribui doces



Os doces todos que eu peguei na festa

Ósculos e amplexos,
Odeth

quinta-feira, outubro 07, 2010

Serendipity!

A primeira vez que ouvi falar de serendipity foi no filme Escrito nas Estrelas, mas nem dei muita bola. Anos mais tarde estava zapeando na tv, quando passei por um canal que passava um filme com um homem digamos familiar. Em segundos eu o reconheci: Darío Grandinetti. Não porque o Darío faz parte do elenco do meu filme preferido de todos os tempos (“Hable Con Ella”), mas fiquei curiosa. Um filme onde Darío Grandinetti, um argentino conhecido em um filme espanhol, fazia par romantico a brasileirissíma Helena Ranaldi. Fui procurar o nome do filme: Bodas de Papel. Não me disse muito a que veio (nunca tinha ouvido falar). Alguns dias depois consegui assistir ao filme todo (odeio pegar filme pela metade). Bonito, triste. Gostei! E lá estava serendipity de novo aparecendo em meu caminho. Me encantei com a palvra (e posso dizer que é uma das minhas preferidas).

Segundo o dicionário, serendipidade é:

Termo equivalente a descobrimento acidental, ou "atirar no que se vê e acertar no que não se vê". Baseia-se no conto "Os Três Príncipes de Serendip", que saíram pelo mundo em busca de alguma coisa; não descobriram exatamente o que procuravam, mas encontraram muitas outras possivelmente mais úteis do que as que buscavam.

Fala da Helena Ranaldi no filme “Bodas de Papel”:

“Há muitos e muitos anos existia um rei poderoso numa ilha do oriente. O rei tinha três filhos muito queridos que ele queria educar no caminho da virtude. Encontrou os melhores tutores do reino para ensinar a eles as artes e as ciências. E é assim que começa a lenda do três principes de Serendip. Você já ouviu essa palavra? Serendipity!?! Um escritor inglês quem inventou, Horace Walpole. Quando ele era menino, ele leu a lenda dos principes. Depois quando ele já era um escritor famoso, ele criou essa palavra. Serendipity. Significa o dom de fazer descobertas felizes por acaso. Por exemplo, você arrasta um sofá pra pegar umas moedas que cairam ali atrás e encontra um relógio que tinha sumido. Você sai pra comprar um presente de aniversário pra sua mãe e a vendedora da loja é a mulher da sua vida. Isso é serendipity.”

Serendipity é amor!
Um beijo na testa,
Odeth

quarta-feira, outubro 06, 2010

“É tudo improviso, vamô improvisá”...

Improvisar na escrita principalmente. Estava eu feliz e contente escrevendo sobre o mundo geek, mas o texto não foi pra frente. Envolvida com problemas na faculdade, encontrinhos, vicio em seriados, Wonderland aparecendo por aqui, chorona complicada e apaixonante, peças de teatro, DRs que parecem não ter fim e claro a literatura que me encanta com suas sábias e doces palavras (o livro do senhor amor puro chegou aqui e como fazer outra coisa que não lê-lo???); o mundo geek foi ficando distante (porém apenas o texto sobre o assunto... rs). Então tenho a missão difícil de improvisar um texto até eu conseguir terminar as análises sobre Sheldon e sua turma. Então bora improvisar falando de improviso.

Cheguei a 10ª apresentação que assistir do “Improvável” (como já disse: nada de com a nova gramática o “L” tem som de “is”). Pra minha alegria completei esse número em um teatro em que eu tenho muita história e que muitas alegrias me deu. Ainda não assisti o “Improvável” dos sonhos, mas trabalhar a frustração as vezes é bom, né? Como eu vivo repetindo: depois de que se assiste ao “Jogando no Quintal”, tudo fica pequeno (eu sou brasileira e não desisto nunca: vou ficar insistindo até todo mundo que eu conheço assistir). Então na minha lógica não é que o “Improvável” seja um espetáculo ruim, mas sim o fato que de nada é tão bom quanto o “Jogando”. É simples assim. Não é que eu não goste do “Improvável”, eu só não morro de amores.

Vou na base da repetição pra ver se sou compreendida. Os Barbixas estão saturados? Estão, mas não tira o mérito deles. Vamos ver se consigo explicar melhor: mesmo não sendo apaixonada, ao completar a 10ª apresentação que eu assistia do espetáculo, presenciei meu coração se encher de alegria. Motivo? O teatro lotado. Eu já disse que sou absurdamente apaixonada por teatro? Por aquela emoção ao vivo? Então, eu sou. Vejo um bando de adolescente hoje em dia fazendo merda. E quando eu vejo que jovens que podiam estar fazendo merda como os outros, em vez disso estão indo ao teatro prestigiar um produto nosso, me alegra e muito. E se alguma parte desse público ter interesse em outras peças por causa dos Barbixas, me tras uma felicidade imensa.

O problema é realmente assistindo o “Jogando” tudo fica pequeno? Não é implicância minha pelo fato dos Barbixas estarem saturados? Humor de improviso tem realmente graça? Essas questões me foram respondidas quando a convite de um amigo fui assistir o “Dez Improviso” (espetáculo de improvisação da cia “Deznecessários”). Realmente depois do “Jogando”, tudo fica pequeno. Implicância com o Barbixas de minha parte não há. O parágrafo acima comprova isso. Humor de improviso tem graça, mas tem que ser bem feito. Necessita muito estudo e treino. Porque subir num palco pra fazer qualquer coisa, desculpa, mas isso eu mesma podia fazer.

Humor de improviso virou moda assim como o stand-up e na moda todo mundo foi fazendo (ou melhor, achando que tava fazendo) e virou um troço que qualquer um faz, mesmo não sendo pra qualquer um fazer. O fato do baixo orçamento facilita as coisas. Umas cadeiras, uns microfones e está pronto o palco para o humor de improviso. Acredito na teoria do Bruno Mazzeo sobre o stand-up (que o mesmo sirva para o humor de improviso). Que será igual aos anos 80, onde surgiram sei lá, 200 bandas de rock. E o tempo foi passando, passando, passando... E só só tem umas 4, 5...

Em parte da minha implicância com o humor de improviso veio na verdade do Z.É (o Zenas Emprovisadas – grupo do Rio). Logo que meu interesse sobre o assunto surgiu, lá fui eu fazer uma das coisas que eu mais gosto de fazer: pesquisar. E sem muito esforço, achei o Z.É. A primeira esculhambação do Z.É. que me irritou o fato de misturarem esquetes com improviso. Separados já tem gente que confunde e não sabe diferenciar, imagina junto. E o segundo e mais importante motivo pra me irritar: a estensa lista de convidados. Jura que eles acham que aqueles 60 e poucos convidados são foda pra caralho? Alguns até realmente são, mas achar que todos são MUITO bons é foda de acreditar (desculpa o palavreado, eu vim de uma terra onde porra é sinônimo de virgula).

E um grande erro que venho notando nos grupos de improviso é uma falta de quimica em cena. E improviso é quimica. Você precisa ter uma ligação com a pessoa que está no palco com você para fazer uma improvisação de qualidade. Uma ligação para saber e pegar no ar o que o seu parceiro de cena tem em mente. Caso contrário não há improvisação. Só me resta esperar que a teoria do Mazzeo esteja certa.

Um beijo na testa, Odeth

terça-feira, outubro 05, 2010

Walt and Lilly!

Não, a Lilly do título não sou eu, mas a sim Lillian Marie Bounds, nome de batismo. Nome de casada: Lillian Disney. Graças a ela, o ratinho mais conhecido do planeta se chama Mickey. No dia 13 de julho de 1925 Lillian subiu ao altar pela primeira vez para se casar com Walter Elias Disney. Desse casamento nasceram, além do Mickey é claro (porque ninguém pode negar que Lilly seja a mãe de Mickey, já que foi ela quem o batizou), Diane e Sharon, essa última adotada pelo casal. Seriam apenas uma família comum americana se não fosse o lado sonhador de Walt. Do menino que amava trens em Marceline até o imperio Disney que hoje conhecemos, um bom tempo se passou, mas Walt jamais deixou de sonhar. E ele nos deixou mais do que um mundo de fantasia, Disney deixou uma lição de vida. Nas sábias palavras do próprio:

If you can dream it, you can do it!

Mas vamos adiantar um pouco o tempo. Em 1989 eu era criança e não tinha idéia de nada. A idéia fora de minha mãe. E sem saber o que estava a acontecer, fui parar em um mundo de magia. Se eu lembro alguma coisa dessa viagem? Só uma coisa: lembro que como os milhares de guests que passam pelo Magic Kingdom e jogam uma moeda no lago do It’s Small World fazendo um desejo, eu joguei uma moedinha e pedi pra voltar. Naquele ano o MGM (hoje Disney’s Hollywood Studios) tinha recém aberto suas portas. E o bebê Animal Kingom (com apenas 12 anos de existência) nem sonhava em nascer.

E cresci com a fixação de voltar. Talvez a música melosa de It’s Small World tenha grudado de vez em mim. Ou quem sabe seria a emoção de ver o Brasil representado tão lindamente em um lugar tão longe. A minha fixação ainda não era com o marido da outra Lilly. Aliáis, eu nem sabia quem era Lilly. O encantamento surgiu quando fui assistir Alladim. E ai está a resposta de tudo. A Disney havia criado uma princesa que não era “fresca”. Jasmine era determinada e eu me encantei.

No começo da fusão entre Disney e Pixar os olhos começaram a brilhar. Aliaís, fôra um pouco antes. A Disney estava se reerguendo. Percebeu que tinha que fazer tudo para que seus guests ficassem o tempo máximo em seu complexo. Para isso além dos 4 parques temáticos, 2 parques aquáticos, um centro de compras e lazer (Downtown Disney), também foram criados 16 hotéis (administrados pela própria Disney e 2 hotéis que estão na propriedade, mas que são administrados por outros grupos), um ambiente para camping, campos de golf e spa.

Começei a pesquisar lentamente, bem lentamente. Passei pela crise da adolescência, cresci e descobri Ginha Nader. Para os não disneymaniacos, a Ginha é a maior referência para se falar de Disney no Brasil. Ela tem 8 livros publicados sobre Walt e seus parques. Tem uma história de vida belíssima e escreve com amor. É tão bonito vê-la descrever com Walt entrou em sua vida. Disney deveria ter conhecido ela porque com certeza ele se encantaria. Quem puder não deixe de ler “Walt Disney - Um Século de Sonho” da Ginha Nader, publicado pela editora Senac São Paulo.

E mais que os parques, a magia que só a Disney proporciona, a história do próprio Walt começou a me emocionar. Como aquele menino que cresceu sem praticamente nada em Marceline construi um império que poderia ter surgido de um coelho (Oswald), mas surgiu a artir de um ratinho. É preciso vivenciar para descobrir como Walt, Lilly, Diane e Sharon se transformaram. Salve Walt, Lilly, Dianey, Sharon e Roy.

Smacks, Odeth

segunda-feira, outubro 04, 2010

Chuva!

Fui assistir “Comer, Rezar e Amar” com 3 amigas. Não, o título não tem a ver com nenhuma cena do filme, mas sim com o que aconteceu na platéia. Não é a toa que eu seja a @meninaquechove porque passei ao menos metade do filme chovendo. Lindo, lindo, lindo. Já o classifiquei como um dos meu filmes favoritos e quero ler o livro logo.

Mas antes de você ai do outro lado da tela do computador se animar em assistir, deixo dois avisos antes de você comprar o ingresso:
1- A Julia Roberts (protagonista do filme) é um mulher bonita que formou sua carreira no cinema como a rainha dos filmes água com açúcar. Mas a muito tempo ela já mostrou a que veio e consolidou uma carreira que prova que ela não é só um rostinho bonito em Hollywood (como tantas outras). É uma excelente atriz. E apesar do filme parecer ser apenas um filme de “mulherzinha” (nossa, como a Angela odeia quando eu uso esse termo, mas é o que é), o filme pode até cair um pouco no clima água com açúcar, mas o barato dele não é esse porque...
2- ... esse é um filme de mulher, feito por mulheres e para mulheres. Portanto nem pense em levar marido, namorado, amante ou coisa do tipo. Eles irão odiar e você sairá da sala do cinema frustrada. É um bom medidor de almas. É um jeito de saber se a sua alma é feminina, masculina ou se ela ainda está se trnsformando.

Chorei horrores talvez porque eu tenha me identificado e muito com a personagem. Porque entendo o quanto é difícil quando as pessoas que estão de fora (mesmo amigos e família que estão perto, estão de fora porque não sabem direito o que mexe dentro da gente) acham que temos uma vida perfeita, tranquila, quando na verdade tem um turbilhão de coisas acontecendo dentro da gente. E o filme fala mais do que uma indecisão, uma incerteza, o filme fala de angustia.

E angustia é um troço que dói (as vezes até fisicamente mesmo) e muitas vezes não há remédio que cure, não há palavra amiga que a console. É quando percebemos que não tem como as pessoas de quem gostamos e de que gostam da gente mudar alguma coisa, se nós mesmos não colocarmos a mão na massa. Se não quisermos fazer alguma coisa por nós mesmos, não o que ou quem faça nossa vida melhorar.

Outro ponto que me tocou foi que o destino. Ele é construido aos poucos e quando é pra doer, dói, mas a gente sempre se levanta mais forte depois de uma queda. Não importa se foi uma escolha sua ou alheia, o sentimendo de perda e a dor são iguais. Não importa se você é uma moça indiana que teve um casamento arranjado ou se você escolheu casar por vontade prórpia. Quando tudo começa a desmoronar, não importa de quem é a “culpa”, o sentimento é igual.

Não li o livro, mas acredito que seja zilhões de vezes mais tocante e emocionante. Preciso ler o livro, já.
“See you later, alligator”!

Kisses, Odeth